sábado, 4 de dezembro de 2010

Sorvete de Baunilha


O calor aqui no Rio tá cruel e acho que vamos falar muito de sorvete nos próximos meses...
O segundo sabor que testamos aqui em casa foi o de baunilha. Na primeira tentativa segui à risca a receita do David Leibovitz, mas achei que o gosto de creme de leite fica acentuado demais... então alterei a proporção, e cheguei à receita que ficou perfeita pra gente! Fiz usando a proporção de Gelato do The Ultimate Frozen Desert Book. De acordo com os autores teoricamente os gelati não levam creme de leite (a gordura vem apenas das gemas e do próprio leite). O problema é que na Europa o teor de gordura do leite é mais elevado que nas Américas, e por isso eles sugerem trocar uma pequena parte do leite por creme de leite fresco - pra repor a nata, mesmo. Funciona super bem!
Esse sorvete puro já é maravilhoso, por conta da fava de baunilha. Tem gosto de baunilha "de verdade", não só aquele cheirinho que a gente está acostumado... fica uma delícia também com banana picadinha, igual eu comia quando criança! Se puser uma calda de chocolate feita em casa, então...
Gelato de Baunilha
2 e 3/4 xícara de leite integral
3/4 xícara de açúcar
1/4 xícara de creme de leite fresco
pitada de sal
1 fava de baunilha
6 gemas grandes
3/4 cc extrato de baunilha
1. Aqueça o leite, o açúcar, o sal e o creme de leite numa panela média. Raspe as sementes da fava de baunilha sobre o leite morno e coloque a fava dentro do leite também. Cubra, remova do calor e deixe esfriar a temperatura ambiente por 30 minutos.
2. Numa tigela média, bata as gemas levemente. Derrame a mistura morna de leite sobre as gemas com cuidado, mexendo constantemente até homogeneizar, e devolva as gemas com a mistura de leite para a panela.
3. Mexa a mistura sem parar sobre fogo médio com uma espátula, raspando o fundo, até que a mistura engrosse e revista a espátula. Derrame a mistura numa tigela limpa, passando por um coador. Coloque a fava de baunilha dentro do creme, adicione o extrato de baunilha. Coloque a tigela com o creme sobre um tabuleiro com água gelada e mexa o creme até esfriar.
4. Deixe o creme esfriar na geladeira por várias horas. Antes de bater na máquina de sorvete, retire a fava de baunilha e lave-a para outro uso (eu coloco num pote de aúcar baunilhado).

domingo, 21 de novembro de 2010

Gelato de Morango


A notícia está chegando uns 2 meses atrasada e todos os que me conhecem já sabem: ganhei uma sorveteira de aniversário! Desde que ela chegou, anda trabalhando bastante por aqui... encomendei pra chegar junto com ela 2 livros de receitas: The Ultimate Frozen Dessert Book, do Bruce Weinstein e Mark Scarbrough, e The Perfect Scoop, do David Leibovitz. O resultado é tão maravilhoso que a gente não consegue mais comprar sorvete fora de casa...

A nova estrela da casa

A primeira receita que resolvi tentar foi de sorvete de morango! Não que eu goste desses sorvetes rosa-choque que são vendidos por aí, mas eu amo a fruta e adorei todos os gelatos de fragola que comi pela Itália, num tom de rosa bem mais pálido e uma explosão de sabor. A receita, retirada de um blog, infelizmente não funcionou pra mim. E quando eu ganhei o brinquedinho estávamos no auge da época do morango. Aí eu testei o Strawberry Gelato do Weinstein e Scarbrow, e ficamos apaixonados. Apesar de ter várias receitas marcadas no livro para testar, desde as mais tradicionais como doce de leite e pistache até mais exóticas como sorvete de manjericão ou de açafrão, desde que ganhei a sorveteira só consegui fazer vanilla (com fava de baunilha de verdade!) e morango. As duas são deliciosas e por enquanto não conseguimos parar de comer.
A receita pede por geléia de morango 100% fruta, mas eu resolvi fazer minha própria geléia. E já tinha feito a receita umas 3 vezes quando os morango começaram a ficar mais caros e menos doces. Foi aí que eu vi a tal da geléia no mercado e resolvi testar - seria uma boa opção pra garantir o sorvete de morango no resto do ano. O sorvete fica realmente delicioso, como se tivesse sido feito com própria fruta. A geléia é 100% fruta, mas não é 100% morangos. Ela leva suco de maçã pra adoçar e modificar a textura, mas não afetou em nada o sabor.
geléia 100% fruta no supermercado
geléia de morango feita em casa
O único probleminha que a sorveteira me trouxe foi uma quntidade enorme de claras de ovo sobrando, já que as receitas usam muitas gemas. Estou congelando e usando aos poucos - tenho que acelerar o ritmo! Uso em suflês e omeletes de claras.
Gelato de Morango (adaptada de The Ultimate Frozen Dessert Book)
-5 gemas grandes à temperatura ambiente
-1/2 xíc açúcar
-2 xíc leite integral
-1/2 xíc creme de leite fresco
-250g de geléia de morango 100% fruta
-1/4 cc sal
1. Bata as gemas e o açúcar numa tigela média até que a mistura fique grossa e pálida, por aproximadamente 2 minutos. Reserve.
2. Aqueça o leite e o creme de leite numa panela sobre fogo médio até que pequeas bolhas se formem junto a parede da panela, mas antes de levantar fervura.
3. Batendo, derrame metade da mistura aquecida de leite na tigela onde estão os ovos e o açúcar, até combinar. Despeja essa mistura na panela com o resto do leite. Em fogo mínimo, cozinhe mexendo sempre até que a mistura comece a ficar espumosa e engrosse a ponto de cobrir a parte de trás de uma colher de pau, por aproximadamente 7 minutos. Coe para uma tigela limpa. Misture a geléia de morango e o sal. Refrigere até que fique bem gelado, por pelo menos 4 horas.
4. Gele na sorveteira de acordo com as instruções do fabricante. Sirva imediatamente ou coloque no freezer em um recipiente hermeticamente fechado (ou em vários menores). Pode ser guardado por 1 mês (aqui em casa nunca durou mais de 2 dias).
Para fazer a geléia em casa:
-processar 500g de morangos bem maduros até virarem polpa;
-ferver numa panela com 1 xícara de açúcar até atigir o ponto de geléia (testar tirando uma cc dapanela quente e levando ao freezer até atingir temperatura "de geladeira").
-essa medida rende mais do que o necessário, usar só 250g e guardar o resto para comer com torradas.

Linguine all'Alfredo da Marcella


O Rapha gosta MUITO de molho branco. Mas o que ele chama de molho branco não é o bechamel tradicional, com leite, farinha e temperos mil... levou um tempo mas eu descobri que o que ele realmente gosta é de um bom molho à base de creme de leite, bem gordo mesmo! E toda vez que eu tento passar um molhinho "mais light", à base de leite, ele reclama. O engraçado é que ele não sabe o que tem de "errado" no molho, mas sabe muito bem que não é o que ele gosta.

Assim sendo, tirei o livro da Marcella Hazan da prateleira em busca de um molho agrada-marido. Quando bati o olho no molho Alfredo a escolha foi inevitável (na verdade ela chama de "molho de creme de leite e manteiga", e explica que Alfredo foi um dono de restaurante em Roma responsável por sua popularização). A massa tradicional para se comer com esse molho é o fettuccine caseiro, mas eu fui de linguine industrializado que era o que eu tinhaà mão. Um dia ainda experimento com a massa correta!

O molho é delicioso, mas como quase toda receita italiana deve ser comido imediatamente após o preparo Se deixar passar um tempo ele fica seco. A proporção massa x molho que ela sugere é ótima, o linguine ficou suavemente revestido de molho, e não afogado nele.

Para 4 a 6 porções (fiz metade e deu BEM pra 2 pessoas)

-1 xícara de creme de leite fresco
-2 CS de mantega de alta qualidade
-500g da massa de sua preferência
-2/3 xíc queijo parmesão ralado na hora (mais queijo ralado para servir à mesa)
-sal
-pimenta-do-reino moída na hora
-noz-moscada inteira

1. Escolha uma panela de um tamanho que dê para misturar a massa ao molho depois. Coloque nesse recipiente 2/3 de xícara de creme de leite e toda a manteiga, ligue o fogo médio e cozinhe por menos de um minuto, até que a mistura engrosse ligeiramente. Desligue o fogo.

2. Cozinhe a massa, escorrendo enquanto ainda estiver bem firme e até mesmo ligeiramente "antes do ponto", um grau a menos que al dente. Se for fettuccine fresco deve levar apenas alguns segundos.

3. Transfira a massa escorrida para a panela contendo a mistura de manteiga e creme de leite, ligue o fogo baixo e com a ajuda de um pegador de macarrão misture bem a massa ao molho, trazendo-a do fundo para as laterais da panela e cobrindo todos os fios com a mistura.

4. Acrescente o resto do creme de leite, o queijo parmesão, uma pitada de sal, algumas "moídas" de pimenta, e uma pequena quantidade (1/8 cc) de noz moscada moída na hora. Misture novamente até que a massa esteja uniformemente coberta. Experimente, corrija o sal e sirva imediatamente da panela, acompanhada queijo parmesão ralado.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sopinha de Abóbora pra Tirar o Mofo


Quase 3 meses sem postar, que vergonha! Muito trabalho, preguiça batendo... a verdade é que tenho dado prioridade a outras coisas no resto de tempo livre que tenho.

A receita dessa sopinha de abóbora peguei lá no La Cucinetta, e é simplesmente deliciosa. Já tá na fila há um tempão pra ser postada (fiz no meio de agosto!). Dessa vez o Rapha não gostou, não. Mas eu achei uma maravilha. A verdade é que logo de cara eu sabia que ia gostar, porque adoro todos os ingredientes, e na época eu tava numa paixão com tudo que tivesse curry - ainda gosto muito, mas a idéia-fixa já passou. O doce da abóbora e do leite de coco casam direitinho com o picante do curry e o fresquinho do coentro. É facílima e rápida de fazer, e super nutritiva.

Rendeu 4 pratos deliciosos.

Ingredientes:

Aprox. 500g de abóbora em cubinhos, pesada já sem casca e sem sementes
1 colh. (sopa) rasa de curry
1 colh. (chá) gengibre fresco ralado
500ml de caldo de legumes
1 cebola pequena, picada
100ml leite de coco
30g manteiga
sal a gosto
Coentro fresco para guarnecer
Preparo:

Derreter a manteiga em uma panela média. Refogar a cebola em fogo baixo até que fique translúcida, por uns 3 minutos.

Juntar o curry e o gengibre e refogar, mexendo bem, por 1 minuto. Juntar os cubos de abóbora e misturar bem por uns 2 minutos.

Juntar o caldo e o leite de coco, deixar o fogo no mínimo e cozinhar por cerca de 20 minutos, até que a abóbora esteja bem macia.

Esperar esfriar um pouco para passar no liquidificador, ou passar imediatamente por um passa-verdure (processador manual) - fui de liquidificador mesmo! Voltar para a panela, temperar com sal a gosto e servir imediatamente com coentro picado.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mais Aniversário: Torta Vulcânica de Chocolate


Ainda sobre o aniversário do meu pai... comemoramos com um super almoço na casa dele no sábado. Eu fiquei encarregada de fazer a torta, e escolhi reproduzir a Torta Vulcânica de Chocolate da Simone, do Chocolatria. A aparência ficou bem diferente, primeiro porque a minha forma tem 26cm de diâmetro (a sugestão era uma de 22cm) por isso a torta ficou mais baixinha. Além disso, acho que eu deveria ter colocado BEM mais Ovomaltine - eu optei por ir no olho, ao invés de medir. Cobri a torta toda com uma fina camada... que se dissolveu e formou uma película brilhamte, crocante e deliciosa sobre a torta. Mas não ficou um nadinha de pó aparecendo.

A massa leva um tantinho de café, e não fica muito gostosa sozinha - mas vai por mim, que combinada com o recheio de chocolate é uma maravilha! Ficou tudo uma delícia, e com um cheirinho matador! Digna de comemorar os 60 anos do DDV!!!!!

Massa:

-2 xíc de farinha de trigo

-3 CS de açúcar

-150g de manteiga sem sal cortada em cubinhos

-3CS de chocolate em pó

-1 c sobremesa de pó de café

-colheradas de água gelada, se necessário (não foi)

1. Misture os secos; adicione a manteiga e misture inicialmente com um garfo, e depois dê o ponto com as mãos, até obter uma massa lisa e homogênea;

2. Abra a massa no fundo e lateral de uma forma de 22cm. Perfure com um garfo e leve ao forno pré-aquecido a 180C por aproximadamente 25min ou até assar.

Recheio:

-100g de manteiga sem sal

-150g de chocolate meio amargo

-1 xíc de açúcar

-1,5 CS mel

-pitadinha de sal

-4 ovos médios

-1/4 xíc de leite

-1/2 xíc Ovomaltine

1. Derreta o chocolate e a manteiga em banho-maria;

2. Numa tigela, junte os ovos, o leite, o açúcar, o sal e o mel;

3. Bata com um mixer ou na batedeira por cerca de 5 minutos ou até ficar bem espumoso. Adicione a mistura de chocolate e volte a bater para homogeneizar;

4. Verta a mistura sobre a massa assada. Polvilhe o ovomaltine cuidadosamente sobre a torta, cobrindo toda a superfície com fartura. Assar em forno pré-aquecido a 180C por aproximadamente 35 minutos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pied-de-Garçon - pra presente!


Dia 17/08 foi aniversário do meu pai. Mais ou menos uma semana antes eu tinha decidido que queria dar alguma comidinha pra ele. Foi aí que comecei minha busca por uma receita que fosse... chocolática ao máximo! Afinal, quem convive com meu pai sabe o que ele costuma dizer:
-o que atrapalha o bolo de chocolate é o bolo
-o que atrapalha a mousse de chocolate é a mousse
-o que atrapalha o wafer de chocolate é o wafer...
...e por aí vai. Resumindo, ele gosta de chocolaaaaaate (nesse momento lembrem das tardes passadas ouvindo o Sloth dos Goonies falando isso).
Além disso, eu queria dar alguma coisa que ele pudesse comer acompanhando um cafezinho que ele tanto ama (não sei se isso de fato aconteceu). Procurei no site do David Leibovitz e achei justamente o que eu eatava procurando: uma camada de amêndoas torradas, coberta com caramelo crocante (na verdade essas camadas acabam se fundindo em uma só), coberto com chocolate meio amargo, coberto com mais amêndoas torradas, e tudo isso quebrado em mil pedacinhos... O doce ficou uma delícia, e eu já fiquei tendo delírios de fazer um sorvete de baunilha com isso dentro e inventar o melhor sorvete de crocante já feito.
Aí foi só botar num potinho, fazer uma arte bonita, mandar pra gráfica e dar pro papai! Se ele gostou? Diz ele que sim... acabou tudo bem rapidinho!
Potinho visto de cima*
*DDV= Dono Da Verdade, apelido carinhoso do meu pai aqui em casa...
Ah, ninguém entendeu porque esse nome? Tá, eu explico... acontece que sobrou um tanto de "crocantes de amêndoas, caramelo e chocolate" (tradução do nome bem descritivo dado pelo Leibovitz) e eu levei pro escritório pra fazer um agrado pro povo de lá. As pessoas me perguntaram o que era, eu expliquei... eis que o primeiro a comer declara: "Mas isso é pé de moleque!". Bom... até entendo a semelhança, dada a crocância, e a presença de algum tipo de nut. Mas pé de moleque não dá né?! Batizei de pied-de-garçon, que fica uma coisa mais fina!
Presentinho pro papai
Ingredientes:
-2 xíc (225g) de amêndoas torradas e moídas (passei no processador, sem deixar virar farinha)
-2 CS água
-115g de manteiga com sal cortada em pedaços
-1 xíc de açúcar
-1/4 de xíc de açúcar mascavo
-1/4 cc de bicarbonato
-1 cc de extrato de baunilha
-140g chocolate meio amargo picadinho
Preparo:
-Unte uma assadeira com óleo vegetal sem sabor (usei de Girassol);
-Distribua metade das amêndoas sobre a assadeira, formando um retângulo de aproximadamente 20x25cm (a minha assadeira tinha justamente esse tamanho);
-Numa panela média e com um termômetro para caldas aqueça a água, manteiga e açúcares. Cozinhe, mexendo o mínimo necessário, até o termômetro atingir 150C;
-Remova imediatamente do fogo e acrescente o bicarbonato e a baunilha, misturando
-Rapidamente despeje a mistura sobre as amêndoas. Tente formar uma camada razoavelmente uniforme (se necessário, ajudar com uma espátula);
-Distribua o chocolate sobre o caramelo e deixe ali por 2 minutos, então espalhe com o auxílio de uma espátula (essa hora é linda, porque o chocolate derrete ao entrar em contato com o calor do caramelo);
-Cubra com o restante das amêndoas e pressione suavemente com as mãos;
-Deixe esfriar completamente e quebre em pequenos pedaços para servir. Dura 10 dias em recipiente fechado.

Tap Cupcakes de Caramelo


Sexta-feira à tarde recebi uma encomenda mais que especial: 17 bolinhos pra presentear minha turma de sapateado, que faria sua estréia nos festivais de dança no sábado à noite, no Festival Com-Passos de Dança. Dada a extensa programação daqueles dois dias (aniversário de casamento sexta à noite e almoço de aniversário do meu pai sábado à tarde), não dava pra fazer nada MUITO trabalhoso, então nada de pasta americana!
Optamos então por plaquinhas com tema de sapateado de um lado e mensagem da professora do outro. 6a feira cheguei em casa e peguei meus dois livros de cupcakes pra escolher um sabor... acabei escolhendo o Caramel Lover's Cupcakes, do Crabapple Bakery Cupcake Cookbook. Fiz os bolinhos 6a à noite e parti pro photoshop. Óbvio que a internet tinha caído e eu não ia conseguir nenhuma imagem de sapateado... resolvi o assunto fotografando meu próprio sapato!!! E por incrível que pareça ficou bonito! A essa hora a casa já estava invadida por um cheiro irresistível de bolo de caramelo no forno.
No sábado de manhã cedo enviei por email a arte para a gráfica, e na hora de buscar... recebi a notícia de que só ficaria pronto 13:40!!!!!!! Mas a entrega doa bolinhos era pras 14h, e eu ainda tinha almoço do meu pai. Alooooow! Cancelei o pedido e no maior se-vira-nos-trinta levei tudo pra casa da minha mãe, imprimi na impressorinha caseira, ela me ajudou a cortar-e-colar tudo (sim, porque eu ia imprimir a frente em adesivo e o verso em papel chique. Ia ficar tudo lindo e a colagem ia ser super automática né?!
Resultado final: impressão mambembe, mas recado passado!
No final deu tudo certo. Os bolos ficaram fofinhos, cheirosos e deliciosos. Cobri com uma ganache de chocolate meio-amargo e bolinhas prateadad. Embalamos um a um, e passamos fitas nas cores do figurino. A apresentação... não ficou exatamente como eu queria, a qualidade da impressão e do corte era pra ser umas 10 vezes melhor, mas deu pra fazer um bonito com o pessoal. Acho até que meus bolinhos deram sorte: tiramos segundo lugar!!!!!
Os bolinhos embalados individualmente
Agradecimentos especiais pra minha MOM, que fez com que os bolinhos acontecessem.
Os bolinhos, recém saídos do forno
Receita:
Você vai começar fazendo a calda de caramelo
Numa panela de fundo grosso, junte:
-150g de manteiga
-1 xíc de açúcar mascavo
-3/8 xíc de Karo
-3/4 xíc de creme de leite fresco
-1 cc de extrato de baunilha (esse ingrediente foi por minha conta)
Deixe cozinhar sobre fogo médio, mexendo ocasionalmente com uma espátula até o açúcar se dissolver. Aumente o fogo e deixe ferver por no mínimo 5 minutos. Desligue o fogo e deixe esfriar à temperatura ambiente.
Obs: É EVIDENTE que eu tinha que fazer trapalhada, e resolvi que 150g de manteiga era 1 tablete e meio. Depois que já estava tudo no fogo que eu me toquei que tinha posto 300g de manteiga, ou seja: o DOBRO do que precisava! Corri pra completar o resto dos ingredientes e consegui fazer o dobro da receita ao invés de jogar tudo fora.
Agora, o bolo (a receita diz que rende 24, mas nas minhas forminhas rendeu 30!):
Ingredientes:
-3 e 1/3 de xíc de farinha de trigo
-3 cc de fermento em pó químico
-1 e 1/3 xíc de calda de caramelo (ó a receita aí em cima - sobra um pouquinho!)
-2/3 xíc de água
-150g de manteiga sem sal à temperatura ambiente
-1 e 3/4 xíc de açúcar mascavo
-4 ovos
Preparo:
-Pré-aqueça o forno a 170C. Coloque as forminhas na assadeira de cupcakes (tive que fazer em 3 levas)
-Peneire a farinha e o fermento juntos.
-Em outra tigela, misture a água e a calda de caramelo.
-Em uma 3a tigela, bata a manteiga por 1-2 min, até que fique cremosa. Adicione um terço do açúcar de cada vez, batendo após cada adição. Após a última adição, bata até que a mistura fique leve e macia e o açúcar esteja praticamente dissolvido. Adicione os ovos um de cada vez, batendo por 1 minuto após cada adição.
-Adicione 1/3 da mistura de farinha e fermento e bata em velocidade média até que esteja combinado. Acrescente metade da mistura de caramelo e bata até combinar. Repita o processo (1/3 da farinha, metade do caramelo). Adicione o restante da farinha e bata até que esteja bem incorporada. Cuidado para não bater demais, ou a massa ficará dura (eu preferi terminar de incorporar a farinha à mão, com uma espátula).
-Coloque a mistura nas forminhas com a ajuda de uma colher, preenchendo cada uma até passar um pouquinho da metade, pois essa massa cresce muito. Asse por 18 minutos ou até que um palito saia limpo quando inserido nos bolinhos. Retire os cupcakes da assadeira imediatamente e deixe esfriar sobre uma grade.
O livro sugere uma cobertura de caramelo, mas eu fui de ganache de chocolate, derretendo 150g de chocolate meio-amargo em banho maria e misturando com um tantinho de creme de leite.

domingo, 22 de agosto de 2010

Pappa al Pomodoro (sopinha de tomates delícia!)


Nas minhas andanças pelo La Cucinetta, pelo qual estou cada vez mais apaixonada, encontrei essa receitinha de uma sopa de tomates tradicional da toscana, e logo quis fazer. É tão gostosa que até o Rapha, declarado soup-hater, adorou e pediu pra fazer de novo na hora de receber visitas em casa. Ou seja: aprovadíssima! A sopa leva pão, que é cozido dentro da panela, formando uma verdadeira papa. Fica quase uma massa com um molho de tomates delicioso. E é super fácil de fazer. Agora, se não encontrar tomates maduros é melhor usar os da lata mesmo.
Ingredientes:
-1 dente alho picado fino
-azeite extra-virgem
-500g de tomate tipo italiano (comprei tomate Débora orgânico e super maduro)
-1 mão cheia de folhas de manjericão picadas e sem o cabinho
-pimenta-do-reino moída na hora
-sal
-500ml de caldo de galinha ou vegetais (diluí 1 cubinho de caldo na água)
-250g de pão italiano dormido
-queijo parmesão ralado na hora
Preparo:
-Corte os tomates ao meio. Retire as sementes com uma colher, e pique os tomates em cubinhos;
-Aqueça o azeite em uma panela e refogue o alho em fogo médio, até dourar um pouco;
-Junte o tomate picado, metade do manjericão e um pouco de pimenta, a gosto. Mexa e cozinhe por 5 minutos, temperando com um pouco de sal no final (coloque metade da quantidade que usaria normalmente);
-Junte o cubo de caldo e a água e deixe tudo ferver em fogo baixo;
-Corte o pão em cubos de +- 1cm e junte à panela. Mexa por uns 3 minutos. Tampe e cozinhe em fogo mínimo por mais uns 30 minutos, mexendo de vez em quando para não grudar no fundo.
-Destampe, apague o fogo, acerte o sal e a pimenta;
-Sirva com um fio de azeite, parmesão ralado e o resto do manjericão fresco.

domingo, 15 de agosto de 2010

Caramelos de Baunilha com Flor de Sal - pra presente!

Quando eu vi essa receita do David Leibovitz eu sabia que eu simplesmente PRECISAVA fazer. Sempre fui enlouquecida por balas de leite, mas desde que os caramelos Embaré sumiram do mercado (no Rio, porque eu já comprei em beira de estrada indo pra Minas) estava carente de uma bala que valesse a pena, com aquele gosto profundo e quente de leite caramelado e textura puxa-puxa de verdade.

Aproveitei que uma amiga super querida ia fazer aniversário e uni o útil ao agradável - caramelos pra presente! É uma boa maneira de não comer TODAS as balas...
Comprei papel celofane pra embrulhar as balinhas uma-a-uma, um potinho hermético pra biscoitos, fiz um adesivo e um tag no photoshop, mandei pra gráfica aqui do bairro. E não é que ficou uma produção caprichada?! Rendeu um presente bonito!

As balas... ficaram simplesmente deliciosas! Versão ultra melhorada do clássico da minha infância. Como se pode imaginar (e como deveria ser) é um doce BEM doce, mas a flor de sal dá uma profundidade de sabor incrível. Bom, eu adoro um salzinho no doce, quando aplicado com critério. A textura talvez pudesse ter ficado um tantinho mais mole, mas mesmo assim valeu!

Pra fazer essa receita é necessário um termômetro de caldas. Eu não tinha um, mas como já estava na minha listinha de desejos há algum tempo e não estava caro, aproveitei pra comprar. Pelo que eu entendi é impossível fazer caramelos e balas sem ter um desses. E é bem facilzinho de usar.


Ingredientes:
-180 mL de creme de leite fresco / natas (use creme de leite da melhor qualidade que encontrar; eu
comprei numa confeitaria aqui perto que vende por peso).
-1 cc de extrato de baunilha (uso o natural, que eu fiz aqui em casa e tem um cheiro maravilhoso)
-1/2 cc + 1/4 cc de flor de sal
-1/2 xíc de glucose de milho (Karo)
-1 xíc de açúcar
-4 CS (60g) de manteiga com sal de boa qualidade em temperatura ambiente
Preparo:
1. Forre uma forma de bolo inglês com papel alumínio e unte com uma camada fina de óleo (passe com um papel toalha). Aí começaram minhas trapalhadas - eu untei com uma camada fina de óleo, mas "esqueci" de algumas partes. No final o papel não soltou do caramelo nessas parte, e lá se foi um tanto de doce pro lixo.
2. Coloque o creme de leite, 2 CS de manteiga, 1/2 cc de flor de sal e a baunilha numa panela pequena e leve ao fogo até levantar fervura. Abaixe o fogo e deixe a panela tampada.
3. Em uma panela média misture o açúcar e a glucose. Leve ao fogo alto até que o termômetro atinja 155C (acho que podia ter sido um poquinho menos). Não mexa muito a calda, só o estritamente necessário. Se precisar, use o cabo da panela pra criar um ligeiro movimento e evitar que alguma parte se queime. Para uma medição correta da temperatura, certifique-se de que o bulbo do termômetro está dentro da calda, mas sem encostar no fundo da panela (que tem uma temperatura bem mais alta).
4. Desligue o fogo. Despeje a mistura de creme de leite na panela do caramelo e misture.
Essa foi a trapalhada número dois. CUIDADO que levanta uma fervura "do mal" nessa hora, quase instantânea. Eu estava desavisada e me queimei... Acenda o fogo novamente, e só desligue quando a mistura atengir 127C. Após deligar o fogo, acrescente o restante da manteiga e misture até derreter totalmente.
5. Despeje a mistura na forma e coloque sobre uma grade. Após 10 minutos descansando, polvilhe com 1/4 cc de flor de sal. Deixe esfriar completamente, remova da forma e descasque o papel alumínio. Corte em cubinhos ou paralelepípedos com uma faca bem afiada - passe a lâmina na chama do fogão antes de cada corte pra facilitar. Embale os caramelo um a um. Podem ser armazenados por até um mês em recipiente fechado.

Panela nova...


Ultimamente olho pro blog e me dá uma preguiça... primeiro preguiça de postar as várias fotos e receitas em atraso. Segundo preguiça desse layout-padrão. Mas e o tempo pra fazer um layout novo? Enquanto ele não vem, vou aproveitando pra botar em dia as postagens.


Quem convive comigo sabe que eu passei alguns meses matutando sobre troca de panelas. É que as panelas lindas de teflon que eu comprei quando casei já tinham perdido toda a sua beleza. Sabem como é teflon, né? Por mais que seja de boa marca e que se tomem muitos cuidados, fatalmente o revestimento começa a arranhar. E aí o que era um arranhãozinho começa a virar pequenas lasquinhas pretas na sua comida, e o fundo da panela cada vez mais prateado. Até que se resolva dar um basta nessa história - e foi o que eu fiz. O problema era: que tipo de panela comprar? Catei dicas nos blogs culinários, na Cooks Illustrated. E decidi comprar panelas de Inox. Elas têm o fundo grosso, são pesadas (e portanto melhores pra cozinhar comidas com tempo de cozimento elevado). As panelas de inox são inertes, ou seja, não liberam nenhum tipo de substância no alimento e não prejudicam a nossa saúde. Além disso, nunca devem ser utilizadas em fogo alto e retêm o calor por longos períodos, economizando energia.


Acabei comprando um kit com 2 panelas, 2 caçarolas (aquelas que têm duas alcinhas pequenas, ao invés de cabo) e uma leiteirinha. Além disso, comprei avulso (mas da mesma linha - SOLAR da Tramontina) uma espagueteira de 4,5L. Ela é ótima pra fazer massa, e tirando o cozi-pasta (a parte furadinha) dá um ótimo caldeirão pra fazer sopa e outras comidinhas. Ainda mantive 2 frigideirinhas e uma frigideirona de Teflon, que não estavam tão feias.


Estou AMANDO as minhas panelas novas. Primeiro porque elas são lindíssimas. Segundo porque toda aquela propaganda sobre cantos arredondados é verdadeira. Entre o fundo e a "parede" da panela não tem aquela espécie de quina que se forma, e sim uma curva - a limpeza é beeem mais tranquila. Terceiro porque a retenção de calor é realmente vantajosa. A comida realmente permanece quentinha por muito tempo lá dentro. Outro dia eu até fervi a água para uma massa com uma hora de antecedência e deixei a panela tampada. Na hora de botar a massa pra cozinhar, liguei o fogo e a água rapidamente ferveu de novo. Isso que é praticidade!


Com relação aos cuidados, estão todos muito bem explicadinhos no livretinho que acompanha:

-lavar com esponja macia ou de nylon, pra não arranhar;
-enxugar a panela após a lavagem, não deixar secando no escorredor (a evaporação da água deixa manchas);
-Nunca deixar a chama passar do fundo da panela, subindo pelas laterais;
-Alguns alimentos podem deixar manchas na panela. Essas manchas são removíveis com pasta especial para inox, limão ou vinagre.

domingo, 4 de julho de 2010

Caldo Verde sem Batatas


Um tempinho atrás o Rapha experimentou caldo verde na casa de um aluno - e AMOU! Reparem que o meu marido é um sujeito que é declaradamente contra sopas, então isso foi um verdadeiro acontecimento. Esse assunto ficou um pouco esquecido, até que semana passada ele me aparece em casa com a receita do caldo verde da Mônica, que pilota o fogão na casa desse aluno. Pra minha surpresa, a receita não incluía batatas! Apesar de uma pequena desconfiança, resolvi fazer mesmo assim. Fui à feira, comprei tudo direitinho e fiz o caldo - que foi aprovadíssimo! Ficou realmente delicioso e mais leve que o tradicional.
Ingredientes:
-2 talos de alho-poró
-2 talos de aipo
-1 abobrinha verde
-1 cebola
-2 dentes de alho
-2 folhas de louro
-1 tablete de caldo de galinha (eu usei de carne)
-pimenta e sal a gosto (usei +- 1 colher de sobremesa de sal e uma 4 "moídas" de pimenta branca)
-linguiça calabresa (eu usei 2 paios e 3 linguiças fininhas, que era o que eu tinha em casa)
-1 maço de couve
Preparo:
- Picar o alho-poró, o aipo, a abobrinha (descascada), a cebola e o alho. Colocar numa panela junto com o tablete de caldo, o louro, o sal e a pimenta e cobrir com água. Deixar em fervura baixa por aproximadamente 40 minutos, até ficar tudo bem molinho.
-Depois de desligar o fogo, deixar esfriar um pouco e bater tudo no liquidificador. Enquanto esfria, aproveite pra fatiar a couve bem fininho e picar as linguiças.
-Na panela em que ferveu o caldo (não precisa lavar, mas deixe bem seca), frite a linguiça (e o que mais for usar de carne) na própria gordura. Despeje o caldo de volta na panela e deixe levantar fervura novamente. Corrija o sal e a pimenta (não precisei) e deixe reduzir até o ponto desejado. No final, despeje a couve e tampe a panela por 1 minuto. Sirva imediatamente.
Obs: Se for fazer com antecedência, deixe para colocar a couve só na última hora. Ela só precisa de uma abafadinha pra ficar boa, não precisa cozinhar!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Pasta a Bolognesa

Essa foi minha primeira tentativa de fazer "la vera bolognesa", e a receita é do Cooks Illustrated. Até hoje, bolonhesa pra mim era carne moída refogada com molho de tomate - e lamba os beiços. Descobri que a carne (de mais de um corte) deve cozinhar lentamente no leite, depois no vinho, depois no molho. Tudo isso dá complexidade ao prato, acrescentando várias camadas de sabor, e corta a acidez dos tomates. Ficou uma delícia. O trabalho é quase nenhum, mas leva teeeempo pra ficar pronto, então faça com antecedência, num dia que for ficar em casa.
Agora chegou o meu Essentials of Classical Italian Cooking, e eu já sei que não vou sossegar enquanto não fizer a bolonhesa da Marcella Hazan. Depois venho aqui contar a diferença!
Ingredientes:
-3 CS manteiga sem sal
-2 CS cebola ralada
-2 CS cenoura ralada
-2 CS aipo ralado
-500g de carne moída (de preferência tipos diferentes - eu só achei 2, e misturei 250g de patinho com 250g de lombo de porco)
-sal
-1 xíc leite integral
-1 xíc vinho branco seco
-2 latas de tomates italianos com suco, picados fino
Instruções
1. Aqueça amanteiga numa panela grande sobre fogo médio. Adicione a cebola, cenoura e aipo e refogue até que amoleçam, mas não escureçam. Adicione a carne moída e 1/2 cc de sal. Use uma colher de pau para amassar bem a carne enquanto refoga, evitando a formação de aglomerados. Cozinhe até perder o avermelhado, mas não deixe dourar.
2. Adicione o leite e deixe ferver até que ele evapore e só sobre gordura transparente, 10 a 15 min. Acrescente o vinho e deixe ferver até que evapore completamente, mais 10 a 15 min. Adicione os tomates e seu suco e deixe levantar fervura. Reduza a chama para que o molho ferva levemente, com bolhas ocasionais. Deixe cozinhar até que o líquido evapore completamente, por volta de 3 horas. Corrija o sal.
A receita rende 3 xícaras, que são suficientes para 500g de massa. Não escorra a massa muito meticulosamente; um pouco da água presa aos fios ajudam a distribuir o molho, que é muito grosso. Cubra cada porção com um pouco de parmesão ralado na hora. Se for dobrar a receita, aumente o tempo de fervura do leite e do vinho para 30min cada, e a fervura dos tomates para 4 horas.
O molho pode ser armazenado em geladeira por vários dias, ou congelado por vários meses. Aqueça sobre fogo baixo antes de servir.

domingo, 20 de junho de 2010

Na Torcida... Cookies da Copa!!!!


Numa das minhas andanças pelo supermercado descobri m&m´s verde-e-amarelos em homenagem à Copa. Claro que eu não resisti e logo pensei em cookies choc chip recheados das cores do Brasil... meu sonho acaba de se tornar realidade, com uma fornada lindinha pra gente comer vendo o jogo agora à tarde. Hum...

Dessa vez aproveitei pra testar uma receita diferente de Cookies que já tava na fila dos "to bake" há algum tempo. A receita é da Cooks Illustrated, e eles chamam de "Perfect Chocolate Chip Cookies". De acordo com eles, é uma releitura da receita original de cookies chamada Toll House Cookies, que vinha impressa nos primeiros sacos de gotas de chocolate da Nestlé, em 1939. Como sempre, eles descrevem num artigo todas as modificações testadas nos mínimos detalhes (adoro!), e depois mostram a receita preferida dos editores da revista. O objetivo dessa vez era conseguir um cookie com diversidade de textura (crocante nas pontas e puxa-puxa no centro), e profundidade de sabor. Bom, na minha opinião eles conseguiram. Acho que eu tenho uma nova receita oficial para cookies choc chip.

Ingredientes:

1 e 3/4 xíc de farinha de trigo
1/2 cc bicarbonato
14 CS manteiga sem sal (175g)
1/2 xíc açúcar
3/4 xíc açúcar mascavo
1 cc sal
2 cc essência de baunilha
1 ovo + 1 gema
1 e 1/4 de xíc de gotas ou pedaços de chocolate (usei 1 pacote família de m&m do Brasil)

Preparo:

-Combinar a farinha e o bicarbonato nma tigele; reservar.
-Aquecer 10 CS de manteiga numa frigideira sobre fogo médio-alto até derreter, aprox. 2 minutos. Continuar cozinhando até a manteiga ficar dourada e com um cheiro caramelado, por 1 a 3 min. Remover a frigideira do fogo e transferir a manteiga para uma tigela a prova de calor. Adicionar as outras 4 CS de manteiga à manteiga derretida e mexer até que derretam completamente.
-Adicionar os 2 tipos de açúcar, o sal e a baunilha à tigela de manteiga e mexer até incorporar totalmente. Acrescente o ovo e a gema e mexa até a mistura ficar homogênea, por aprox 30 segundos. Deixe a mistura descansar por 3 minutos e mexa por mais 30 segundos. Repita esse processo mais duas vezes, até que a mistura fique grossa, homogênea e brilhosa.

-Com uma colher de pau, acrescente a mistura de farinha e bicarbonato e bata até incorporar. Adicione as gotas de chocolate, misturando mais uma vez e se certificando que não ficaram bolotas de farinha na massa.

-Divida a massa em 16 porções, cada uma com aproximadamente 3 CS. Arrume em 2 assadeiras (de pizza, de preferência, por conta das bordas baixas), com 10cm de distância entre os cookies (se não couber, usar 3 assadeiras). Para fazer as bolas de massa, eu precisei deixar uns 10 minutinhos na geladeira para ficar consistente.

-Asse em forno pré-aquecido 200C, uma assadeira por vez, até os biscoitos ficarem dourados, por 10 a 14 min. As bordas vão estar firmes mas o centro dos biscoitos vai parecer ainda meio cru. Transfira para uma grade para resfriar.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Bolinho de Café com Ovomaltine


Esse bolo, da Julie Hasson, originalmente chamava Malted Espresso Cupcake. Mas aqui no Rio não achei leite maltado em pó (o ingrediente pedido) de jeito nenhum, então resolvi usar Ovomaltine mesmo - que leva malte na fórmula e também é um pó. Quanto ao café, fiz um bem forte aqui em casa mesmo e usei.

As substituições funcionaram e o bolo ficou bem gostoso, mas eu acho que a idéia original era um bolo com gosto forte de café - esse ficou um bolo suave de chocolate. Como bolo de café com chocolate para amantes de café, o
mocha cupcake ganha disparado. A massa crua é bem grossa e ele cresce BASTANTE - tanto que alguns bolinhos foram inutilizados por esparramação pra fora da forminha. Isso porque eu distribuí a massa por 11 forminhas ao invés de 12, porque achei que não tinha suficiente para 12 - vivendo e aprendendo. A textura é ótima, e ele forma uma "casquinha" melada deliciosa no topo.

Ingredientes:

-1 e 1/2 xíc de farinha de trigo
-1 e 1/2 cc de fermento em pó
-1/4 cc de sal
-1/2 xíc de leite maltado em pó (eu substituí por Ovomaltine)
-1/4 xíc de café expresso ou café bem forte
-1 xíc de açúcar
-1/2 xíc de manteiga sem sal, derretida e ligeiramente esfriada (100g)
-2 ovos

Preparo:

-Em uma tigela pequena, misture a farinha, fermento e sal
-Em uma tigela pequena, dilua o leite maltado (Ovomaltine) e no café (parece que não vai dar certo diluir 1/2 xíc de pó em 1/4 xíc de líquido, mas juro que funciona perfeitamente!)
-Em uma tigela grande, bata o açúcar, a manteiga e os ovos até que vire uma mistura homogênea. Adicione alternadamente a mistura de farinha e a de café, totalizando duas adições de café e três de farinha, batendo até incorporar.
-Distribua a massa por 12 forminhas (eu disse 12, não 11!) dentro de uma assadeira de muffins. Asse em forno pré-aquecido a 180C por 20 a 25 min, ou até dourar e um palito sair sequinho quando espetado no bolo. Deixe resfriar por 10 minutos na própria assadeira. Retire da assadeira e deixe resfriar completamente sobre uma grade antes de cobrir.
Pra cobertura, derreti uma barra de chocolate meio-amargo em banho-maria e misturei com creme de leite. Aplique ainda quente sobre o bolo frio. Aplique os enfeites em pasta americana antes de a cobertura endurecer.

Cupcake de Baunilha


Para o bolo de baunilha deste post, usei a receita de Confetti Cupcakes da Julie Hasson (a idéia é deixar o bolinho colorido misturando confeitos à massa - uma espécie de bolo formigueiro). Só que eu não adicionei os confeitinhos.

A massa desse bolo é o oposto da outra que fiz no mesmo dia: ela crua é bem líquida e cresce pouco. Assim, distribuí a massa por 12 forminhas e ficou muito papel pra pouco bolo. Da próxima vez vou tentar fazer em 10 ou 11 forminhas pra ver o que acontece. A textura do bolo é ótima como sempre, é doce na medida certa e o cheirinho é delicioso, mas achei ele simplezinho demais. Não me entendam mal: ele é um ótimo bolinho branco simples, que é o que ele se propõe a ser. Mas eu tenho preferido sabores um pouco mais acentuados ultimamente... questão pessoal.

Ingredientes:

-1 xíc farinha de trigo
-1/2 cc fermento em pó
-1/4 cc bicarbonato
-pitadinha de sal
-3/4 xíc de açúcar granulado-1/4 xíc de manteiga sem sal, à temperatura ambiente (50g)
-2 claras
-1 cc essência de baunilha (usei 2, sempre dobro a baunilha)
-2/3 xíc
buttermilk
-2 CS confeitos coloridos (não usei)

Preparo:

-Em uma tigela pequena, misture a farinha, fermento, bicarbonato e sal

-Em uma tigela grande, bata o açúcar e a manteiga. Adicione as claras uma a uma, batendo após cada adição. Acrescente a baunilha. Adicione alternadamente a mistura de farinha e o buttermilk, totalizando duas adições de buttermilk e três de farinha, batendo até incorporar. Incorpore os confeitos.

-Distribua a massa por 10 forminhas dentro de uma assadeira de muffins. Asse em forno pré-aquecido a 180C por 20 a 25 min, ou até dourar e um palito sair sequinho quando espetado no bolo. Deixe resfriar por 10 minutos na própria assadeira. Retire da assadeira e deixe resfriar completamente sobre uma grade antes de cobrir.
Pra cobertura, derreti uma barra de chocolate branco em banho-maria e misturei com suco e raspas de umlimão siciliano pequeno e creme de leite. Aplique ainda quente sobre o bolo frio. Aplique os enfeites em pasta americana antes de a cobertura endurecer.

Tap Shoes Cupcakes

Pra presentear gente querida... meus professores de sapateado!
Fiz em pasta americana com confeitos prateados e tinta prateada comestível os sapatinhos, versão branca e versão preta. Total de 4 pares (8 sapatinhos e um dia de trabalho, ufa!) . O engraçado é que o mais difícil é formar um par de sapatos... pra fazer sapatinhos bonitinhos eu até que tava indo bem, mas o problema foi fazer dois sapatos rezoavelmente homogêneos em tamanho e forma pra convencer que eram do mesmo par. Mas no fim deu tudo certo e o 4o (e último) par foi bem mais tranquilo de fazer. Nada como a prática, minha gente...

Pra completar as embalagens, fiz bolinhos escrito TAP em preto e branco.



Os bolos eram de 2 sabores diferentes: Baunilha com ganache de chocolate branco e limão siciliano, e café com ovomaltine e ganache de chocolate meio-amargo.

As duas receitas foram tiradas do livro da Julie Hasson, que eu continuo achando maravilhoso. Todas as receitas testadas até agora funcionaram maravilhosamente.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Aprendendo...

Mais uma "1a vez" nesse blog. Dessa vez queria aprender a fazer omelete, e recorri ao livro "Escola de Chefs", da Joanna Farrow, que é um compêndio de técnicas culinárias, com algumas receitas. O livro é bem bom, as fotos são ótimas e as explicações são claras.

Bom, mais uma técnica no meu repertório culinário e menos uma na lista de vergonhas culinárias do tipo "eu nunca fiz..." (categoria na qual por incrível que pareça os pudins e musses ainda se encontram...). É desde cedo eu gostei de pegar em receitas mais elaboradas, e o trivial foi ficando pra trás... meio que "qual a graça de fazer um pudim de leite se tem pudim bom em qualquer esquina?". Agora já mudei essa linha de raciocínio e estou correndo atrás do prejuízo, pois além de achar importantíssimo saber fazer o trivial, também percebi que as habilidades e técnicas vão se complementando no nosso aprendizado.
Voltando o omelete...
O livro comenta que o número de ovos ideal para uma omelete são 3 (caipiras, de preferência).
-quebre 3 ovos numa tigela e bata-os com um pouco de sal e pimenta.
-aqueça 2 CS de manteiga na frigideira até que derreta e fique levemente dourada. Despeje os ovos e, com um garfo, afaste a mistura dos lados para o centro, para que o ovo cru preencha os espaços da massa já cozida. Continue com esse procedimento até que toda a superfície da omelete fique ligeiramente firme.
-com o garfo, dobre a omelete ao meio e transfira-a para um prato aquecido (isso eu não fiz, usei prato frio mesmo), deslizando-a da frigideira. Sirva imediatamente.

Queria omeletes de queijo e presunto, então seguindo as instruções do livro, adicionei o queijo ralado junto com o sal e a pimenta, e o presunto picadinho já sobre os ovos na frigideira. O queijo que eu usei foi minas meia-cura, que eu trouxe de Araxá-MG. Ô delícia!

Parece simples, mas por incrível que pareça minha primeira tentativa ficou assim:

Isso porque eu fiz numa frigideira pequena demais e o fundo da omelete queimou quando metade do ovo ainda estava crua. O segundo saiu perfeito!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Torta de Morangos...


Sei que tem mais de um mês, mas dia 11/05 foi aniversário do Rapha, e como sempre ele me pediu pra fazer torta de morango, que ele ama. A primeira vez que ele comeu essa torta foi num aniversário meu, eu tinha encomendado num restaurante. Ele gostou tanto que me desafiou a fazer igual, e como eu consegui não parei mais de receber encomendas... adooooro! A receita foi uma mistura de muitas receitas de torta alemã que eu peguei na internet, mas ao invés de botar chocolate por cima, faço uma cobertura de morangos.
A torta é super gordurosa devido às altas quantidades de manteiga e creme de leite, mas é muito boa. Não custa nada lembrar que pra ficar deliciosa e valer todas as calorias extras o creme de leite e a manteiga tem que ser da melhor qualidade!
Ingredientes:
1 pacote de biscoito Maria
3 caixinhas de creme de leite
300g de manteiga sem sal (uso Aviação)
300g de açúcar
2 gemas
Gotas de baunilha
Gelatina de morango
2 caixinhas de morangos

Preparo:
-Bata a manteiga com o açúcar e as gemas por alguns minutos, até ficar branco. Em seguida, pingue três gotas de essência de baunilha. Acrescente as caixinhas de creme de leite, sem parar de bater. Leve esse creme à geladeira por 20 minutos.
-Com o biscoito, forre o fundo da fôrma. Recheie com metade do creme e leve ao congelador até que fique firme. Cubra a parte de cima da torta com mais uma camada de biscoito, depois com o restante do creme e leve ao congelador novamente.
-Prepare uma gelatina de morango e deixe esfriar. Tire os talinhos e corte os morangos ao meio. Quando a torta estiver firme, enfeite com os morangos e derrame um pouco da gelatina (pra ficar brilhoso). Reserve um morango inteiro para decorar.
A torta deve ficar em geladeira até ser servida. Pode ser preparada de véspera.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mousse de Gorgonzola

Essa receita é um clássico da casa da Vovó Lydia. Claro que quando eu era criança não gostava nem um pouquinho do sabor forte da gorgonzola - até hoje eu só gosto em misturas onde sua presença seja bem suave - mas com o tempo aprendi a apreciar esta e outras delícias.

A mousse é ótima pra servir pra visitas, ou pra ficar beliscando em frente à televisão - sempre com torradinhas acompanhando. Pode ser congelada sem problemas para aqueles dias de falta de inspiração na cozinha. É só deixar degelando de véspera dentro da geladeira.

A receita é bem simples.

Basta bater no liquidificador:
-1 triângulo de gorgonzola;
-1 lata de creme de leite;
-4 folhas de gelatina sem sabor dissolvida em 1/2 copo de água fria;
-1 cubo de caldo de carne desmanchado no líquido da própria gelatina;
-molho inglês a gosto.

Adicionar delicadamente 2 claras em neve a essa mistura.

A mistura deve ser transferida para um recipiente que dará o formato final da mousse, untado com óleo. Deixar na geladeira até a hora de servir (deve ficar firme), e desenformar sobre um prato ou travessa.

No caso eu usei uma embalagem de queijo daquelas de plástico (fica mais fácil para desenformar), e 2 potinhos tipo tupperware pequenos redondinhos. Minha avó usava muito aquelas embalagens de margarina pra isso. Tenha à mão mais de uma embalagem, porque essa receita rende bastante. Aí dependendo do número de visitas você pode deixar uma 2a mousse em standby na geladeira, ou congelar a outra parte.

domingo, 6 de junho de 2010

A primeira vez a gente nunca esquece...

Nunca tinha feito carne no forno. Pronto, falei.

Sempre tinha vontade, mas nunca queria me arriscar. Tinha medo de errar o tempero, errar o ponto. Errar, enfim. Mas como disse o Jamie Oliver pra Veja, culinária é a arte da paciência e da perseverança, não adianta desistir porque errou. Resultado: resolvi arriscar. Pra não arriscar muuuito, fiz a carne do jeito mais simples possível. Aproveitei pra experimentar um sal grosso temperado com ervas (marca Meu Alho) que tinha comprado no mercado.

Esfreguei uma peça de 600g de maminha com o tal do sal grosso, coloquei numa assadeira. Derramei um copo de vinho branco sobre carne e pus no forno pré-aquecido a 200oC. Ao longo do processo fiz vários cortes na carne pra ver o ponto (um dia pego experiência nisso). No final consegui dar o ponto certinho. As pontas da peça ficaram totalmente cozidas, e o miolo avermelhado. Ficou saborosa e suculenta. Ah, o sal grosso temperado foi aprovadíssimo!

Pra acompanhar, batatas (sempre com casca) assadas com azeite e alecrim. Jantarzinho delicioso pra uma 3a feira!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Petisco de massa folhada com queijo

Essa é mais uma receita que peguei do Cooks Illustrated, mas depois eu vi que tem quase igual no site da Martha Stewart, e no meu livro de culinária da Cláudia. É super fácil de fazer e fica uma delícia! Bom pra petiscar com os amigos, pra servir de entradinha... Dá pra fazer com um dia de antecedência e fica muito bom, mas ele morninho é irresistível.
Pra fazer:
Basta abrir uma embalagem de massa folhada laminada (descongelar de acordo com as instruções), e pincelar com um ovo batido (vai sobrar ovo!). Depois salpicar 1/2 xícara de queijo ralado de boa qualidade (usei parmesão ralado na hora), 1/2 colher (chá) de sal e pimenta do reino moida na hora.
Dobre a massa ao meio (o queijo vai virar recheio). Pressione bem a massa dobrada - se possível passe um rolo de massa sobre ela, e corte em tiras de um dedo de largura. Depois é só cortar as tiras na metade do comprimento. Torça as tirinhas e transfira direto para uma assadeira, deixando um espaço de pelo menos 1cm entre elas.
Leve ao forno pré-aquecido a 200o, até dourarem um pouco (10-15 min). Cuidado pra não queimar o fundo!